quarta-feira, fevereiro 17, 2010

Olhos que...


Passaram a correr sem pedir permissão a ninguém...
Tocaram-se sem desculpas nem perdões...
Iris na iris escura...
Ternura ...
Que singnifica tudo e nada ao mesmo tempo...
Trocam-se ao longe com caricias escondidas...
Impedidas...
Libertando faiscas dilacerantes que se propagam como um tsunami pulsátil...
Jorrante de liquor vermelho para o interior de um frágil casulo transbordante...
Faíscas viciantes que desejam mais e mais...
Iris nas iris... 
Órbitas nuas e desprovidas de armas...
Indefesas sem ressentimentos...
Esses olhares cativantes...
Que sussurram palavras ilariantes...
Falando no regaço de um suspiro perdido...
Confessam desejos alucinantes de um amor escondido...
Quatro alvos alinhados círculo a círculo...
Focados ao pormenor de se saber cada traço...
Cada linha do horizonte...
Circunferências delineadas a paixão escondida...
Proibida...
Construida por memórias esquecidas... 
Aquecidas pelo fogo crepitante...
Conservador de pensamentos gelados... 
Passados pelos olhares enganados...

1 comentário:

CarMG disse...

Gosto:)

Gosto sempre quando brincas com as palavras dessa maneira!

Beijo